Tuesday, August 28, 2007

o gordo chegou!!


minha gente, eu preciso contar que o meu sobrinho é a coisa mais gorda em termos de bebê que eu vi nos últimos tempos. ele chega tem dobrinhas nas mãos e nas pernas.
e é branquinho e loirinho. vixe, que nasceu australiano mesmo. só espero que não vire insosso que nem gringo.
mas também é filho dos pais deles e encarou uma viagem longuíssima lá do outro lado do planeta pra cá, com escala no chile, sem maiores escândalos. foi inclusive esquiar com eles lá no vale nevado.
e hoje passou o dia inteiro de colo em colo, no maior bom humor.
mas o que eu mais gostei foi que ele adorou o meu colinho. e eu apertei ele bem muito, que criança gorda foi feita pra isso mesmo.

nos olhos

em mais uma das minhas aventuras nas americanas.com.br comprei um super trunfo de aniversário pro J. e um disco antigo da miucha e do tom, que é umas das boas lembranças que eu guardo da infância.
tava ouvindo agora "olhos nos olhos" na voz da miucha, e fiquei toda arrepiada com a lindeza que é esta música.
olha, se existe cura pra dor de cotovelo deve ser assim...

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

Sunday, August 26, 2007

o título e um problema

esqueci de dar a referência do título deste blog. é uma alusão a um livro da Arundati Roy, uma indiana, que eu amei mesmo antes de ler, só por causa do título. o livro chama-se the god of small things.
juro que comprei o livro só por conta do título, sem nunca ter ouvido falar nela. fui lendo e descobri que era realmente uma preciosidade. entrou definitivamente pra minha lista de favoritos.
daí quando inventei de fazer blog, fiquei pensando no que poderia me definir ou definir o que eu queria que o blog fosse. então escolhi este título. depois mudei pra "flor de maracujá", pois era assim que meu pai me chamava quando eu era pequena e sempre gostei muito deste apelido.
agora quando migrei pra este blog e para o português, resolvi voltar ao "deusa das pequenas coisas". pois gosto mesmo de escrever sobre pequenas coisas, coisas banais e corriqueiras, e refletir sobre elas.
o único problema, e isso eu descobri nestes dois últimos dias, é que coisas pequenas às vezes são tão pequenas e passageiras, que é só eu escrever sobre elas que elas já mudaram completamente no momento seguinte e perderam a validade.
nesta brincadeira já escrevi e apaguei dois posts antes deste.

Thursday, August 23, 2007

eu gosto é de dar aula

eu quero ser professora. quero dar aula. sei que a carreira acadêmica tá cada vez mais difícil, mas eu gosto e ponto. morro de vergonha e nervoso antes de começar, tipo stage fright mesmo. mas quando começa e a aula flui, é uma beleza. saio revigorada.
lá nos eua, tinha vezes que eu me estressava a beça com aluno. mas na maior parte do tempo eu fazia tudo com tanto entusiasmo que as avaliações sempre vinham com comentários a respeito. lá na gringolândia eles não estão acostumados com estas coisas...
ontem eu dei aula lá no centro espírita em que estou fazendo a minha pesquisa de campo. trabalho voluntário, turma pequena e flutuante. mas ainda assim saí numa alegria e paz que mal posso descrever.
sempre achei que não tinha nenhuma vocação específica, nem mesmo lecionar. pensava assim - tem tanto professor mais culto e safo do que eu, não posso dizer que tenho talento pra isso... mas por outro lado, será que vocação não é assim mesmo? ou seja, não tem nada a ver com ser o melhor ou com aparecer muito publicamente. tem sim a ver com esta alegria boba e marota que a gente sente só de dar uma provadinha na cachaça nossa de cada um.
ontem saí tão iluminada da aula, que na hora de receber o passe a dirigente do centro veio me cobrar e perguntar quando é que eu ia começar a dar passe.
fui promovida a professora passista. como eles dizem - com a graça de deus.

Tuesday, August 21, 2007

vou viajar

quem me conhece sabe que adoro viajar. é como se eu, antes de nascer, tivesse perdido um pedacinho de mim em algum lugar que nem sei, e minha sina fosse passar a vida tentando achar. tanto que nem gosto de ir nestes lugares muito badalados e turísticos. gosto mesmo é de ver o povo na rua passando e vivendo sua vidinha. minhas melhores recordações de cuba são de ficar sentada na soleira da casa da Made, minha amiga cubana, vendo o povo passar e puxando papo com ela no meu portunhol tosco.
tudo bem que eu também gosto de lugar badalado. lembro da primeira vez que fui a paris. andava em média 10 horas por dia, só por gosto de ficar vendo tudo. e até hoje, toda vez que vou a paris visitar minha amiga Tati, é sempre uma emoção. cada vez que vou lá descubro um bequinho novo, cheio de história.
ai, ai, falando assim parece até que eu sou besta. mas é que paris é dos poucos lugares no mundo que eu preciso voltar de tempos em tempos por motivos que eu mesma desconheço. e como tenho uma porção de amigos lá, que me hospedam, dão de comer e até de beber às vezes, então dá pra ficar voltando de vez em quando.
mas não sou como alguns amigos, tipo o R., que trabalha, trabalha, junta uma porção de dinheiro, pra depois se largar no mundo. R. já foi em lugares que eu nem sabia que existia.
meu lance não é ficar conhecendo muitos lugares. pra mim toda viagem é também interior.
quando estou perturbada das idéias, precisando me organizar internamente, uma viagem é o melhor remédio. não precisa nem ser pra longe. já cansei de ir pra mauá assim, na doideira, de uma hora pra outra.
às vezes uma viagem tem o efeito inverso, ou seja, desorganiza o que eu pensava que tava organizado. da última vez que fui pra LA-la-land foi assim. fui pra lá de um jeito e voltei de outro. voltei cheia das decisões e atitudes que eu nem esperava que fosse capaz. é que reencontrei um pedaço de mim que havia ficado por lá e vi que o eu tava vivendo por aqui não tava bom.
agora tem esta viagem. vai ser do jeito que eu gosto - com uma amiga querida e meio largada no mundo. viajando pelo mundo velho, de onde vieram meus ancestrais. esta viagem é um sonho antigo. o roteiro de fora a gente já tá organizando.
agora quero ver é o roteiro de dentro...

Sunday, August 19, 2007

domingo correndo manso...















...e o meu coração explodindo de tanta primavera.

Saturday, August 18, 2007

meu sobrinho tá chegando

mal posso esperar pra apertar aquele gordo.

Thursday, August 16, 2007

as pequenas coisas

ontem fui na osteopata pra tratar do jeito que dei na lombar e que dura mais de um mês agora. nem estou mais torta e com o músculo contraído, mas continuo sofrendo as conseqüências do ocorrido. a dor migra, e ela me deu uma explicação lá super complicada do porquê da dor ter migrado pra minha perna e depois pras minhas nádegas.
o caso é que ela apalpou daqui, mexeu dali, apertou bem fundo acolá (ai, ai), e torceu minhas pernas de um jeito tal que eu saí de lá bem melhor. aliás, ando encantada com esta história de osteopatia e já convenci o J. a ir lá também.
no final ela só me recomendou a não fazer exercícios, não carregar peso e...não cruzar as pernas. e aí é que vem o problema: nunca pensei que fosse tão difícil não cruzar as pernas! é uma coisa boba, um pequeno preço a pagar pelas cutucadas milagrosas que ela me deu. e eu passei o dia inteiro super incomodada com isso ontem.
cruzas as pernas é um gesto tão automático que eu nem penso nisso. é uma daquelas pequenas coisas tão pequeninas que a gente nem chega a se dar conta dela. não é como tomar café, por exemplo. que eu sei que é uma pequena coisa, mas só eu sei como tá me fazendo falta agora que não posso tomar. então no fundo nem é pequena coisa.
já cruzar a perna não. é mais sutil.
sei lá porque tô tão pilhada com isso. acho que é porque de repente comecei a pensar que a minha vida toda, isso que eu entendo como "Eu", não passa de uma série de coisas pequenas e tão imperceptíveis que eu só dou conta delas quando me faltam. morrer deve ser assim - o avesso do hábito.

eu, de perna cruzada

Tuesday, August 7, 2007

inquieta

não sei o que me deu hoje. um negócio aqui dentro que eu não sei explicar...

Friday, August 3, 2007

sonhos

sou uma pessoa muito ligada nos meus sonhos. sei lá porquê. eles não são épicos e em capítulos como os de um namorado que tive. nem são muito detalhados ou coerentes.
na maior parte das vezes são impressões, imagens, situações bem malucas. quem dorme junto de mim se diverte com as narrativas do dia seguinte. tive um namorado que não dormia a noite e me gozava a beça quando eu, bêbada de sono, começava a misturar as coisas do mundo dos sonhos com as coisas do mundo acordado. acho que nisso sou igual a minha mãe, que contava histórias de piratas pra gente quando éramos crianças e dormia no meio. as histórias iam ficando tão fantásticas...quer dizer, mais sem pé nem cabeça do que fantásticas. mas era engraçado.
de qualquer forma, ultimamente dei de ter sonho premonitório. é meio assustador, pois geralmente a gente tem premonição de coisa ruim. mas nem todos são assim. há um tempo atrás estava bem triste e sozinha, e sonhei com um homem doce e carinhoso. eu virava pra ele aflita falando do meu aperreio e ele dizia, calmo, que não veio antes porque estava me esperando chamá-lo. já no dia seguinte eu acordei tão calma e serena que nem acreditei. e depois de um tempinho ele realmente chegou. na verdade tava ali, bem debaixo do meu nariz. mas precisei acordar pra dentro pra saber disso. ele tava só me esperando chamá-lo...
só que ontem a noite eu tive um sonho bem ruim com uma pessoa que não vejo há tempos. nem quero contar pra não tornar mais real. mas espero sinceramente que esteja tudo bem.

Wednesday, August 1, 2007

tom zé

"Quando eu vi
Que o largo dos aflitos
Não era bastante largo
Pra caber minha aflição,
Eu fui morar na estação da luz,
Porque estava tudo escuro
Dentro do meu coração."