Thursday, July 31, 2008

consegui


como eu gosto de acreditar que sou uma pessoa pra cima e bem-humorada, evito de escrever muito sobre chateação aqui neste blog. e quando escrevo, procuro ver o lado bom.
mas agora tem uma coisa realmente boa pra escrever. tão boa que não precisa nem de firula.
hoje acordei, abri o email e tinha a notícia de que o painel que eu organizei com A. e A.P. para o encontro anual da AAA (American Anthropological Association) lá em San Francisco, foi aceito.
sim, foi uma trabalheira e um stress danado organizar este painel. e agora rolou o retorno.
muito bom, muito bom mesmo.
e o melhor é que poderei viajar pra gringolândia com a minha querida amiga A. e mostrar a birutice que é aquilo lá pra ela.
não que eu ande infeliz ultimamente, muito pelo contrário. a vida tá boa e movimentada (às vezes até demais), mas esta foi uma das melhores notícias dos últimos tempos.
no mais, mauá continua encantada e sampa continua uma coisa insana e maravilhosa (nunca pensei que um dia fosse dizer isso de são paulo...).
a viagem pra sumpaulo foi ótema. mais pela chance de curtir os amigos queridos do que qualquer outra coisa.
quer dizer, tiveram os sapatos. e este outro "estrago" que eu fiz (foto acima).

Monday, July 28, 2008

sapatos de dorothy

sou uma pessoa de alguns luxos. não digo muitos, pois conheço gente que é tão pior do que eu. não digo poucos, porque já tê-los é sinal de que sou chegada a coisa.
não posso dizer que sapatos sejam um deles. sempre tive birra de sapatos. a começar com o fato de que em criança eu tinha que usar sapatos ortopédicos e não podia nunca usar os sapatinhos bonitinhos que eu queria.
depois veio isso de calçar 40 e ainda ser "bico largo". um inferno encontrar sapato que desse. sapato que desse e fosse confortável então, nem pensar!
pois tem uma marca de sapato que dá, é confortável e lindo de morrer! só que caro que dói. comprando aqui em sampa fica mais em conta, mas ainda assim...
de qualquer forma, eu quis ir lá comprar. afinal, pra completar, o sapato dura uma vida. então acaba valendo a pena.
esta é a foto do meu novo queridinho.
estou apaixonada!

Wednesday, July 23, 2008

sampa

arrumando a mala e a cabeça pra embarcar pra são paulo. visitar amigos queridos e ver uma porção de coisa nova.
delícia.

Thursday, July 17, 2008

bricolagem de pensamentos

tô aqui escrevendo a tese. aos pouquinhos, mas tô. cada dia mais um tantinho, ajuntando umas idéias a princípio meio desordenadas, mas que ganham coerência a medida em que vou colocando-as em palavras, mexendo e remexendo daqui e de acolá.
pois tava aqui matutando que eu penso as coisas, o mundo e as pessoas assim também - ajuntando os caquinhos e depois admirando o mosaico.
estas últimas semanas fui pensando mais uma das minhas reflexões filosóficas de botequim, que não tem nada de tão extrordinário ou original além do fato de eu tê-las pensado a partir de uma série de experiências meio disparatadas.
claro, sempre tem um fator precipitador, algo que me faz finalmente dizer - tá vendo?!?!?
e esta coisa foi o programa do happy hour de ontem, que era sobre o uso de antidepressivo e o preconceito que existe contra isso. o programa era pra desmistificar o uso de antidepressivo, mas virou uma ode ao dito cujo. e foi justo isso que me deixou meio bestificada.
porque mal se falou sobre o que é depressão e porque de repente todo mundo tem isso e todo mundo precisa de remédio. foi só "depressão existe e antidepressivo é bom", e ponto final. agora caberia ao mundo simplesmente aceitar isso como natural e não discriminar (e muito menos questionar!!!) o uso crescente de antidepressivos.
digo isso não pra condenar o uso de antidepressivos. muito pelo contrário, sei que há casos em que é extremamente importante e necessário. só não acho que é só isso. tem muito mais em jogo, inclusive pensar o que em nossa vida e nossa atitude diante do mundo e das coisas facilita a instalação de um processo depressivo.
fiquei lembrando de um ex que tinha dores de cabeça lancinantes (além de uma porção de outras mazelas físicas) e que não se cuidava nem um tico. eu ficava aflita com aquilo é claro, e o questionava a respeito. ele respondia que estava se cuidando sim, que tomou tal e tal remédio (anti-inflamatórios e analgésicos) e que ficou de molho um tempo. pra depois voltar a fazer todos os estragos e exageros que o deixavam mal e com dor novamente. então isso é se cuidar? abafar o sintoma? a dor? e continuar fazendo tudo torto?
tudo bem, tomar anti-inflamatório e analgésico. na hora em que a dor pega feio a gente fica meio alucinado e quer mais é se livrar daquilo. mas depois que o pior passa é repensar nosso estilo de vida, né?
pois acho que é igual com anti-depressivo. e com uma porção de coisa na vida da gente. todo mundo só quer se livrar da dor e do sofrimento, mas ninguém se dispõe mais a olhar pra estas coisas de frente e com coragem. entender a função que aquilo tem na nossa vida pra finalmente aprender a conviver com isso numa boa. pois dor e sofrimento sempre há de haver, depressão é justo quando a gente se atrapalha em conviver com estas coisas de uma forma saudável.
pelo menos é assim que eu acho.
e não tô falando isso pra cagar regra não. eu já passei por um episódio depressivo muito sinistro no final da minha adolescência. e saí dele sem remédio. não porque me recusasse a tomar remédio, mas porque não atinei que aquilo era depressão. pra mim o problema era outro (não menos sério, mas outro...). o caso é que não só saí disso, mas saí disso um pessoa imensamente melhor. foi doloroso? demais. poderia ter sido menos doloroso e longo? talvez. mas o caso é que isso teve uma função. me fez rever uma porção de coisas e mudar de uma forma bem radical. não digo que um anti-depressivo fosse me roubar desta experiência, mas talvez ela não tivesse sido tão marcante.
de qualquer forma, o que eu queria falar era mais simples do que ficar pregando ou condenando anti-depressivo. queria falar é dessa impaciência e pouca disponibilidade que as pessoas hoje em dia tem para aprender com as experiências e mudar. fica todo mundo no mesmo lugar, repetindo os mesmos erros, e simplesmente manejando todas as cagadas resultantes destes erros com a droga que for.
ai, ai. tem horas que me dá um cansaço...mas daí eu me lembro que tudo muda a seu tempo e ao seu modo. depois de muita porrada ou pouca. com ou sem antidepressivo.

Monday, July 7, 2008

mais uma de amor...

esta eu roubei da Reina. embora seja, é claro, do mestre Drummond.
de qualquer forma, não resisti. é assimzinho que eu sinto. poesia é bom por isso, explica melhor que a gente às vezes.

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã

Sunday, July 6, 2008

par ou ímpar

tava na cozinha lavando louça e de repente me veio o seguinte pensamento - tem gente que é par e tem gente que é ímpar.
acho que eu sou ímpar.
é, foi mais ou menos isso que eu pensei.
tentei pensar um pouco mais nas implicações disso, mas me deu uma enorme preguiça. ando com uma preguiça enorme de uma porção de coisa.

Wednesday, July 2, 2008

pra eu aprender a deixar de querer perfumar a merda

pois eu ando melhor da minha alergia, mas ainda um tanto entupida. especialmente a noite.
mas o caso é que tem outra coisa entupida aqui em casa e neste momento esta é minha maior preocupação.
eu comprei um daqueles negócios de perfumar privada e botei lá. só que o treco já veio meio bichado, não prendia direito. já tinha caído duas vezes dentro da privada. e é um treco de plástico, onde você bota um bastão perfumado dentro. a burra aqui, ao invés de desistir e jogar logo fora, resolveu usar o velho e bom araminho de pão pra dar uma segurada.
pois a geruza veio aqui limpar na segunda. e na sua pressa e estabanação, derrubou o treco no vaso. daí, não sei se ela ou se eu, deu descarga. ou seja, o treco entupiu a privada.
e cadê que a meleca saía?
daí fui comentar isso com o porteiro fuxiqueiro. o cara fala feito uma matraca e disse que cuidava disso, mas que ia ter que tirar a privada. puta merda, né? meu banheiro novinho e já tendo que fazer uma melecada dessas...
pois ele veio, teve que tirar a privada sim e toca a futucar a privada com um arame pra tirar a meleca. acabou saindo. mas, claro, junto com o treco de plástico tinha melecas de outro gênero. então tô eu com porteiro fuxiqueiro no banheiro e a mão na minha merda.
e não pára aí. aproveitando que ele tava aqui, eu resolvi dar duas malas pra ele que estavam guardadas no quarto de empregada, só tomando espaço. malas velhas e empoeiradas. eu até tentei dar uma verificada nelas antes de dar, mas não pude fazer nada muito meticuloso pois a alergia não me deixa.
agora toca a campainha e é o porteiro fuxiqueiro. veio devolver a minha calcinha que ficou dentro da mala...não preciso dizer que tô pra morrer, né?