Wednesday, August 27, 2008

jogando conversa fora

não me considero a pessoa mais desinibida do mundo. tem épocas que eu entro numas vergonhas que não tem quem me tire. na verdade são épocas em que estou mais ensimesmada e perdida nas minhas idéias, medos e nóias.
mas tem outras épocas, como agora, que eu dou papo pra estranhos. assim, não é que eu dê papo pra qualquer um. se eu acho a pessoa chata eu não engato muito no papo.
mas o caso é que nestas épocas eu dano de achar as pessoas muito mais interessantes. ou eu acabo atraindo gente interessante, sei lá. claro, nestas épocas estou mais leve, desencanada, achando o mundo um lugar bacana e cheio de coisas interessantes pra descobrir e observar.
só sei que eu curto estes encontros aleatórios. e eu sei pela minha história de vida que às vezes eles geram amizades e relações bem duradouras.
tem a história de como eu conheci a lynn, por exemplo, que vem a ser ex-namorada do zach. e o zach eu conheci porque estava hospedada na casa do mark em nova iorque uma vez. mark que vinha a ser grande amigo do matt, marido da tatiana, amiga do meu irmão. então tava eu na casa do mark, e elka, namorada do mark na época, me leva pra sair. fomos encontrar o zach, que ela conheceu numa festa, mas que já tinha avistado antes no metrô a caminho da festa. quando eu conheci o zach, engatamos num papo incrível logo de primeira. acabei ficando mais amiga do zach do que de elka, e do mark (mas não do que do matt e da tatiana, pois estes eu já conhecia de tempos).
só que depois que o zach veio ao brasil e trouxe a lynn, no meio do carnaval, eu virei irmã da lynn. tipo assim, passamos juntas um dos melhores carnavais da minha vida. lembro até hoje da gente nas carmelitas, em santa, encharcadas de chuva e rindo pra caralho.
lynn morava em nova iorque na época. e eu tinha acabado de ser aceita na universidade de chicago. lynn me disse que um dia iria morar em chicago. um ano depois, tendo largado o emprego em nova iorque, se enfiado num cargueiro e rumado pra asia por uns meses, lynn foi parar em chicago. foi aí que viramos irmãs. quer dizer, já éramos irmãs desde que nos conhecemos, pois apesar de eu ser morena e ela loira, eu e ela parecemos. temos um sorriso semelhante e todo mundo sempre perguntou se éramos irmãs. então viramos irmãs.
a esta altura, zach já tinha sumido da minha vida total.
pois então. tô escrevendo isso tudo pois nas últimas semanas eu conheci pelo menos umas três pessoas assim. teve o bunitinho do dia da dança, que eu nem conversei na hora mas que gostei de cara, não sei bem porquê. e depois teve sabrina, que eu conheci na fila pro visto do consulado americano. sabrina conhece mó galera que eu conheço também, tá indo fazer curso de fotografia em nova iorque, e já trocamos emails e tels. pensei inclusive em colocar sabrina em contato com o zach (não deve ser difícil achá-lo, né?)
neste último sábado, teve doroty (que fala assim - dorotí, e nao dóroti, como a gente pensa logo). eu tava na festa meio chata, num lugar esquisito, e de repente doroty estava do meu lado. fui jogando conversa fora e quando vi estava amiga de infância de doroty. doroty pegou emails e tels, mas nem sei se vamos nos ver ou falar novamente. só sei que antes de ir embora virei pra doroty e falei pra ela aproveitar bastante a vida e ser feliz.
é o que eu tenho feito ultimamente.

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