quase esquecia de contar esta. outro dia acabei parando na portaria pra assinar não-sei-o-quê de circular que a síndica inventou e acabei engatando num papo com o porteiro fuxiqueiro.
papo vai, papo vem, e ele pede licença pra perguntar se era eu que estava chorando outro dia. claro, era eu. e claro, eu sabia que ele devia ter ouvido. ele e a torcida raça fla. pois chorei alto mesmo, assumo. chorei com toda minha alma. pois tava doendo pra burro, né?
daí ele começou a assuntar - era por causa de homem. sim, claro. a gente só chora assim quando o coração parte, né? e ele sabia quem era. ele disse que pensou até em bater na minha porta pra ver se eu tava passando bem.
mas aí ele queria saber detalhes, né? afinal, o bicho é fuxiqueiro pra burro. e eu que não vou ficar dando mole com estas coisas. o cara já controla quem entra e sai da minha casa. já fica de butuca com tudo que pode.
mas o caso é que ele também notou o que aconteceu depois.
daí disse que eu sou uma mulher admirável. pois daqui a pouco chegou uma amiga. depois outra. depois saímos as três todas lindas e perfumadas.
sim, sou uma mulher admirável. e se eu aprendi uma coisa nesta vida é que mesmo a dor mais doída tem um tamanho, um começo e um fim.
Monday, September 8, 2008
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2 comments:
Sobre sua tristeza: o que para a lagarta é o fim do mundo,para Deus é o nascimento da borboleta. Olha, tenho um blog só de textos e crônicas de humor.Visite-o ficarei honrado.
grata pela visita paulo, e pelos gentis comentarios.
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